Nessa quinta-feira (16), a reitora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Nair Portela, concedeu entrevista para falar sobre a situação da instituição após o anúncio de corte de verbas na educação, anunciado recentemente pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). Nair Portela afirma que, caso Ministério da Educação mantenha o corte de 30% no orçamento de custeio e de capital, a UFMA não terá como continuar em funcionamento no segunda semestre letivo.
Portela ainda declarou que a Universidade já teve dois cortes do atual governo. Um de emendas parlamentares, conquistadas em 2018, e um de recursos próprios adquiridos pela UFMA, também no ano passado. O valor das emendas bloqueadas chega a R$ 8 milhões.
“Se eu tivesse 8 milhões em mãos para investimento, com certeza eu iria finalizar três ou quatro obras ou adquirir vários equipamentos, etc. Mas, esse recurso também foi retirado da nossa universidade. Isso é um bloqueio muito sério porque a gente faz uma conversa, apresenta dificuldades, os deputados investem nisso e o governo retirou as emendas parlamentares do ano passado”, disse a reitora.
DIÁLOGO SEM SUCESSO COM O GOVERNO
Durante a entrevista, a reitora falou que a Associação dos Reitores das Universidades Federais já procurou o Ministério da Educação para tentar uma negociação, porém não tem sucesso no diálogo. Segundo Nair, o ministro da pasta justifica a decisão dos cortes afirmando que só cumpre ordens vindas da Casa Civil e do Ministério do Planejamento.
A associação tem encontros agendados com o Ministério da Educação nos dias 21 e 22 de maio. Há esperança de que os protestos realizados na quarta-feira (14), tenham contribuído de alguma forma para o governo repensar a decisão do contigenciamento.