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Bolsonaro declara guerra à Luciano Bivar, presidente do PSL

Os advogados do presidente Jair Bolsonaro encaminharam nesta sexta-feira (11) ao presidente do PSL, Luciano Bivar, um documento cobrando maior transparência do partido com uma ampla auditoria nas contas da sigla.

Pelo menos 20 deputados federais do PSL  estão insatisfeitos com o comando partidário e apoiam Bolsonaro na guerra contra o presidente da legenda, Luciano Bivar (PE). Esses congressistas e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também subscrevem o documento.

A reportagem tentou contato com o presidente do PSL, mas não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.

Em entrevista ao Congresso em Foco na quinta-feira (10), Bivar afirmou que há transparência na gestão partidária.

“Para isso nós temos um diretor financeiro, auditores externos e internos. Prestamos conta no último mês agora da movimentação do partido. Não houve nenhuma observação, zero, nem sugestões vieram”, disse.

A peça é assinada pelos advogados Karina Kufa, Admar Gonzaga e Marcello de Paula e faz os seguintes requerimentos de informações sobre o PSL:

  • Relação de fontes de receitas e identificação dos doadores, em nível municipal, estadual e federal;
  • Relação de despesas e identificação dos prestadores de serviço, com relatórios circunstanciados e respectivos contratos;
  • Balanço patrimonial detalhado;
  • Publicação de dados em formato aberto, permitindo que cidadãos/filiado analisem as informações;
  • Se há procedimentos internos com definição de regras para ocupação de cargos no partido, bem como pata aplicação de recursos;
  • Relação de fundações ligadas ao partido, com discriminação dos recursos aplicados;
  • Relação de funcionários, suas funções e salários, bem como de como os critérios realizados para o processo de contratação;
  • Relação discriminada das atividades dos dirigentes partidários custeadas pelo Partido;
  • Valor atualizado do montante disponível em caixa.

A defesa de Bolsonaro deu cinco dias para Luciano Bivar se manifestar, se o dirigente partidário não encaminhar uma resposta nesse prazo, os advogados irão entrar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral.

A crise na sigla foi destacada pelo Congresso em Foco em setembro, quando deputados revelaram ao site que a situação dentro do partido era de racha e possível debandada.

O clima piorou nesta semana, quando Bolsonaro disse para um seguidor esquecer da sigla. Desde então, troca de farpas estão acontecendo dos dois lados. Bolsonaro e seus aliados têm sido mais ferrenhos; do outro, o presidente do partido, Luciano Bivar, e deputados que não fazem parte da ala mais bolsonarista.

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