A insurreição na tarde de domingo, 8, que culminou na invasão dos edifícios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), foi condenada por vereadores da Câmara Municipal de São Luís.
Em suas manifestações na imprensa ou em postagens nas redes sociais, os agentes políticos repudiaram os atos de vandalismo realizados por defensores do golpe de Estado. Na opinião do vereador Chico Carvalho (Avante), o ato antidemocrático foi um grave atentado à democracia brasileira.
“Não podemos, sob qualquer hipótese, permitir atos como esses, que remetem à barbárie e nos fazem lembrar os tempos do obscurantismo da ditadura. O ministro da Justiça, Flávio Dino e o STF, através do ministro Alexandre de Moraes agiram com eficiência e rapidez, como forma de evitar maiores danos”, e isso foi muito importante”, destacou.
De acordo com o parlamentar, o Brasil precisa voltar a respirar o ar puro e salutar da democracia que, segundo ele, foi conquistada com o sangue e suor do povo. “Temos que voltar a respirar o ar puro e salutar de nossa democracia, conquistada com o sangue e o suor do nosso povo, de nossa juventude. Como vereador de São Luís, externo minha repulsa a esses atos violentos de grupos extremistas”, completou.
A Lei 14.197/21, que foi sancionada em setembro de 2021, revoga a Lei de Segurança Nacional (LSN) e define crimes contra a democracia. A norma qualifica como crime punível com prisão de 4 a 8 anos a tentativa de abolir o Estado Democrático com uso de violência.
O vereador Álvaro Pires (PMN) afirmou, por meio das redes sociais, que acompanha com grande tristeza estes ataques à democracia. Ele cobrou responsabilidades aos envolvidos e lembrou que os atos devem servir de ensinamentos.
“Acompanho com grande tristeza estes ataques à nossa Democracia, não podemos deixar que a barbárie prevaleça contra as nossas instituições democráticas. Que o estado democrático de direito pese a mão contra aqueles que afrontam a nossa
Constituição Federal. Desejo que tudo isso sirva de ensinamentos para que não continuem com este erro. Manifestação não é isso e que nossas instituições sejam fortalecidas”, frisou.
O vereador Astro de Ogum (PCdoB), que é o decano da Casa, classificou de ‘vergonha’, o radicalismo dos bolsonaristas extremistas contra as instituições democráticas. “Que vergonha a invasão da Esplanada dos Ministérios. Lamentável esse ataque à democracia e soberania popular”, disse.
Reforço policial ao DF
O presidente da Câmara, vereador Paulo Victor (PCdoB), também se manifestou sobre o assunto. Ele usou sua conta no Twitter para elogiar a decisão do governador Carlos Brandão (PSB) pelo envio de reforço policial do Maranhão ao Distrito Federal. O objetivo, conforme destacou, é garantir maior efetivo no local após os atos terroristas do fim de semana.
“Importante decisão do líder Carlos Brandão de garantir apoio para segurança no Distrito Federal. A união e diálogo entre governadores do país com certeza terá um efeito positivo na contenção destes atos antidemocráticos, que precisam ter fim”, afirmou o chefe do legislativo ludovicense.
Punição aos criminosos
Por sua vez, o vereador Umbelino Júnior (PL) lamentou o episódio de vandalismo e cobrou punição aos criminosos que invadiram o Congresso, Planalto e STF. “Lamentável todo esse vandalismo que estamos presenciando em Brasília. Espero que os criminosos que invadiram o Congresso, Planalto e STF, sejam punidos e que a Justiça seja feita”, cobrou.
O ex-presidente da Casa, vereador Osmar Filho (PDT), classificou os atos de cenas lamentáveis, afirmou que o vandalismo é um crime contra a democracia e pediu punição com rigor. “Cenas lamentáveis as que assistimos em Brasília. Essas ações antidemocráticas são absolutamente inaceitáveis e devem ser punidas com muito rigor. Todo esse vandalismo é um crime contra nossa democracia”, comentou.
Quem se manifestou?
Além dos já citados, também se manifestaram contra as manifestações na capital federal, os vereadores Octavio Soeiro (Podemos), Edson Gaguinho (União Brasil), Silvana Noely (PTB), dentre outros.
FONTE – CÂMARA DE SÃO LUÍS