As ações desenvolvidas pelo Projeto “Clareou Lanche Fraterno” foram o tema abordado, na manhã desta segunda-feira (21), no programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia.
Durante o programa, apresentado pelas radialistas Maria Regina Teles e Marina Sousa, a militante social Eldina Silva fez uma explanação sobre os trabalhos do “Clareou Lanche Fraterno”.
Ela informou que este projeto iniciou-se no dia 2 de fevereiro de 2020, logo no início da pandemia do Covid-19, abrangendo áreas da periferia da cidade de São Luís.
Antes da pandemia, os voluntários trabalhavam com outro projeto, que envolvia a distribuição de roupas e agasalhos para pessoas em situação de rua.
“Com a pandemia, muitos trabalhos cessaram e nós tomamos a iniciativa de começar este novo projeto junto com uma nova equipe de voluntários. Inicialmente contamos com a ajuda de mais duas pessoas, depois foram chegando mais e, hoje, temos uma boa e dedicada equipe de voluntários”, afirmou.
Eldina Silva, coordenadora do “Clareou Lanche Fraterno”, explicou que, atualmente, o projeto abrange a distribuição de lanches principalmente em áreas do Mercado Central, Praça Deodoro e o entorno do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão 1).
Doações
Semanalmente, os voluntários dirigem-se ao Socorro 1, especialmente para dar apoio a acompanhantes de pacientes que vêm de cidades do interior do Estado.
“Temos uma atenção especial para estas pessoas que não têm onde ficar e que são acompanhantes de pacientes. É importante dizer que, no começo, eram seis litros de suco com 64 sanduíches. Aumentaram as doações e nós passamos a ampliar a nossa oferta com sopa, macarronada e bandecos com feijão, macarrão, arroz e proteínas”, declarou Eldina Silva.
Ela acrescentou que, atualmente, o projeto não deixa passar em branco datas comemorativas como o Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e o Natal.
“A gente sempre leva uma lembrança para estas pessoas que vivem nas ruas. Sabemos e sentimos o quanto elas precisam de um ombro amigo, de um apoio afetivo, que é um abraço, uma palavra. Muitas destas pessoas só querem isso: ser ouvidas, receber carinho, atenção e por isso é importante deixar elas falarem da real situação delas. Muitos estão ali em situação de absoluto desamparo, longe de suas famílias”, disse.
A coordenadora do “Clareou Lanche Fraterno” frisou que, semanalmente, as equipes de voluntários se revezam tanto na distribuição quanto na coleta de alimentos, roupas, agasalhos e brinquedos.
“Nós saímos na comunidade em busca de doações e quando já temos bastante alimentos, mobilizamos as equipes de produção, que passam a colocar a mão na massa. A gente faz a comida com 25 a 30 quilos de arroz, 30 quilos de frango ou salsinha. Nosso cardápio chega a ter carne moída com ovos, com 60 litros de suco, 300 saquinhos de água, cerca de 400 pães, dependendo das doações que recebemos”, relatou.
Eldina Silva salientou que há um entusiasmo constante em toda a equipe do projeto, tanto na busca das doações, na fabricação e entrega dos alimentos, quanto na busca de parcerias com órgãos públicos e a iniciativa privada.
“As pessoas que nos ajudam são mesmo do nosso convívio, do nosso ciclo de amizade, mas já temos parceria com algumas empresas que doam alimentos e embalagens. Mas sempre temos de recorrer à ajuda de amigos e de pessoas sensíveis à nossa causa. Graças a Deus, até agora tudo vem dando certo”, enfatizou.
FONTE: ALEMA