Convidado foi o ambientalista Marco Aurélio, presidente da ONG e coordenador de educação ambiental do Fórum Estadual de Educação Ambiental
Ambientalista Marco Aurélio, presidente da ONG Libertas, conversou com a radialista Marina Sousa
O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96.7) vinculada à Rádio Senado, entrevistou, nesta segunda-feira (23), o educador ambiental, presidente da Organização Não Governamental (ONG) Libertas, embaixador do Instituto Lixo Zero Brasil e membro do Fórum Estadual de Educação Ambiental, Marco Aurélio. Em conversa com a apresentadora e radialista Marina Sousa, ele abordou, dentre outros assuntos, educação ambiental e práticas sustentáveis.
Marco Aurélio esclareceu que a educação ambiental é um processo de aprendizagem que visa conscientizar as pessoas para terem responsabilidade com a preservação do meio ambiente.
“As mudanças climáticas chegaram e a gente precisa, mais que nunca, trabalhar a educação ambiental formal e não formal como manda a Lei nº 9.795/99, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental nas comunidades, nas escolas e, principalmente, nas empresas que são os grandes geradores”, destacou.
ONG Libertas
Marco Aurélio disse que a ONG Libertas foi fundada em 2006, em São Luís, e visa trabalhar a educação ambiental por meio do projeto que desenvolve chamado “Plantando Sementes”.
“Esse projeto visa a destinação dos resíduos domésticos gerados pela atividade humana, reflorestamento e gincanas ecológicas, ou seja, várias abordagens de conscientização e sensibilização. Hoje, não adianta só falar em prática ambiental, é preciso agir e ter, de fato, uma prática ambiental”, ressaltou.
Desmatamento
O ambientalista enfatizou que, infelizmente, o desmatamento ainda é uma prática crescente e que precisa se trabalhar projetos de criação de viveiros de todo tipo de planta, principalmente as medicinais.
“Temos pesquisas que comprovam a existência, em São José de Ribamar, de mais de 400 espécies de plantas medicinais. No entanto, com a exploração imobiliária dessa área, estamos perdendo essas plantas. Por isso, estamos planejando um viveiro para essas áreas, assim como também nas áreas quilombolas que vem sendo muito agredidas”, defendeu.
Terceiro Setor
Entendemos que o chamado terceiro setor, do qual a ONG Libertas faz parte, precisa agir em parceria com os demais setores da sociedade, para avançarmos nas práticas de preservação ambiental.
“Estamos planejando um trabalho em parceria com o Instituto de Educação do Maranhão (IEMA) visando visitar as áreas quilombolas para fazer a educação ambiental da preservação. Essa é nossa pegada, trabalhar a educação ambiental tanto formal quanto não formal. Essa ação conjunta de comunidade e academia tem trazido muito bons resultados, como a compostagem com a qual trabalhamos”, revelou.
Lixo Orgânico
Por fim, Marco Aurélio advertiu para a necessidade urgente de educar a população em relação principalmente ao desperdício alimentar ou descarte.
“Está comprovado que 50% dos resíduos são lixo orgânico. O que falta no prato de uns sobra no de outros. É preciso ter responsabilidade com o descarte correto. Para tanto, precisamos educar ou reeducar o nosso povo”, advertiu.
FONTE: ALEMA