Maranhão passa a contar com instalações modernas para a Representação Institucional em Brasília
6 de novembro de 2024
Rede de Controle encaminha orientações sobre transição municipal
7 de novembro de 2024

Professor aborda relação entre manguezais e mudança climática no ‘Café com Notícias’

Convidado do programa foi o professor Denilson Bezerra, do Departamento de Oceanografia e Limnologia da UFMA

O ‘Café com Notícias’ desta quinta-feira (7), na TV Assembleia, recebeu o professor Denilson Bezerra, do Departamento de Oceanografia e Limnologia da UFMA. Ele tratou sobre a relação entre os manguezais e as mudanças climáticas.

O Brasil detém a maior quantidade de áreas de manguezais do mundo e o Maranhão, sozinho, responde por 47% da área de manguezais do Brasil.

“O Brasil, apesar de possuir uma das maiores áreas de manguezais do planeta, a maior faixa contínua inclusive, não tem um sistema de monitoramento oficial eficiente. O governo brasileiro lançou, agora, o programa Pro Manguezal que promete fazer um acompanhamento sistêmico e eficiente do manguezal, mas até então não existia”, explicou Denilson Bezerra.

Sobre o potencial dos manguezais, o professor afirmou que esse ecossistema é mais eficiente que a própria Amazônia no sequestro de carbono, pois o carbono que ele captura fica inerte na biomassa das plantas e nos bolsões de lama. Inclusive de 50% a 90% do carbono sequestrado pelos manguezais está preso na lama.

O professor ressaltou, ainda, ser fundamental que a importância e eficiência dos manguezais entrem nas discussões sobre mudanças climáticas que o Brasil está à frente e destacou que em 2025 o Brasil sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), em Belém. Para ele, o Maranhão deve levantar essa discussão, já que é o estado brasileiro que tem praticamente 50% dos manguezais do país.

“Essa capacidade de sequestro de carbono por parte do manguezal e outros ecossistemas costeiros, a gente chama de carbono azul. Então é preciso que o Brasil chame essa responsabilidade para si, porque o Brasil é um dos maiores hotspots de carbono azul do planeta. Nós vamos ser líderes dessa ação climática se o Brasil realmente pegar o conhecimento científico e os tomadores de decisão, quem propõe as políticas públicas brasileiras, trouxerem essa discussão”, afirmou.

FONTE: ALEMA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *